terça-feira, 19 de outubro de 2010

Soneto

Que eu não veja obstáculos na união de corações sinceros
O amor não se turva em águas curvas, nem se curva ante a chuva
Não.
É uma luz constante que a tempestade não altera
É a estrela de toda nau errante, de brilho claro, embora sem matéria
Não é joguete do tempo, embora a carne sofra o peso de sua foice
Se isso for falso e provado também, eu não escrevi, e nunca se amou ninguém
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Releitura do original "Soneto" - William Shakespeare

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vento levou.

Tenho em mim dois eu’s
Um que briga com o tempo
Outro que segue com o vento
Tem ainda um terceiro, que briga com os dois primeiros
Mas este eu ignoro,
Porque talvez, este seja eu por inteiro.

Isso não é ruim
Também não é bom
É normal. É anormal. E talvez até imoral.
Que diferença faz?
Ainda sou ser errante, a procura da evolução
E como tal, hei de errar, hei de amar, hei de sonhar...
E um dia, quem sabe, hei de voar também.