sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bola da Vez. [FIlmes]

-"Você tem muita água nos olhos, pequena Sayuri-sam".

Hoje falaremos do premiado “Memórias de uma Gueixa”, baseado no livro de Arthur Golden, com mesmo nome, e dirigido por Rob Marshall que fez carreira na Broadway, especialmente no elogiado musical "Chicago", o que o levou a ser chamado em 2002 para dirigir a versão cinematográfica do mesmo, com Catherine Zeta-Jones e Renée Zellweger, feito na esteira do renascimento dos filmes do gênero, iniciada por "Moulin Rouge" (2001), de Baz Luhrmann. "Chicago", o filme, seria um sucesso de público (US$ 300 milhões de bilheteria mundial) e crítica (indicado a um recorde de 13 Oscars, levou seis, incluindo melhor filme). Isso colocou Marshall no páreo para dirigir "Gueixa", depois de Steven Spielberg desistir do projeto.

O filme começa nos anos que antecedem à Segunda Guerra Mundial, quando uma criança japonesa chamada Chiyo é vendida pelo seu pai, pescador de uma vila de pescadores, para uma casa de gueixas. Ela ficaria destinada durante os primeiros anos às tarefas domésticas, conforme ditava a tradição. Cresce na dúvida e na esperança de encontrar a família, sem compreender o sentido da vida que agora levava, até que, por obra do destino, conhece acidentalmente um dos homens mais poderosos do Japão, por quem se apaixona imediatamente e, para lhe conseguir chegar, reconsidera o rumo da sua vida para se tornar uma gueixa de sucesso. Chiyo, que passaria a ser conhecida por Sayuri — o seu nome de gueixa — recebe a sua formação de uma das mais conceituadas gueixas do Japão, Mameha, rival de uma outra que vive na sua casa (okyia) e que, desde a sua chegada, lhe tem dificultado a vida.

E assim corre a trama, envolvendo não apenas romance, mas também a tradição de uma das culturas mais surpreendentes até os dias atuais. Fato que o Japão de 1929 e pré-Segunda Guerra Mundial [data em que se passa a história], não é o mesmo dos dias atuais.

O filme foi indicado ao Oscar 2006 (EUA), e venceu nas categorias de melhor direção de arte, melhor fotografia e melhor figurino, foi indicado também nas categorias de melhor trilha sonora, melhor som e melhor edição de som. Entre outras premiações como o da melhor trilha sonora no Globo de Ouro 2006 (EUA), e indicada ao prêmio na categoria de melhor performance sexy (Zhang Ziyi), do MTV Movie Awards (EUA).

Minha Humilde Opnião

Eu acho o filme sensacional, bem como o livro. De uma trama fascinante, o filme nos remete ao Japão de 1929 de uma forma nunca vista, aos olhos de uma jovem menina japonesa, que logo se tornaria uma das ultimas gueixas da história. Eu diria que a adaptação do livro em filme foi muito boa, não perdendo nada de essencial. Agora já lhe adianto, se você for feminista “extrema” ou coisa do tipo, e não tiver o mínimo de sensibilidade para compreender a beleza do filme e a cultura dos outros povos, não assista, fará um favor a você mesma.

E aqui vai uma dica: NUNCA leiam o livro primeiro, seja qual for. O filme nunca é totalmente fiel a cada palavra do livro [nem poderia], sempre é uma adaptação, salve alguns poucos exemplos que não são. Mas se você ler o livro primeiro, tenderá a ficar comparando, e muito provavelmente não vai gostar. Se você assistir ao filme primeiro, gostará, ficará curioso e vai ler o livro, e amará ambos. No final será duplamente feliz, ao invés de ser unicamente descontente com a adaptação. Mas bem, é uma dica. Você que escolhe.

Opiniões de Outrem

“Para a comunidade cinematográfica japonesa e chinesa, é um absurdo o fato de Marshall ter usado as três atrizes mais conhecidas do cinema chinês atual no papel de japonesas em vez de utilizar a mão-de-obra local. Foi criticado até pelo chinês Chen Kaige (‘Adeus Minha Concubina’), que afirmou que suas conterrâneas não conseguiam captar as expressões faciais exigidas, ‘muito enraizados na cultura japonesa para serem interpretados por estrangeiras’”, é o que nos diz Sérgio Dávila, jornalista do Jornal Folha.

"Fizemos centenas de testes com atrizes em Tóquio e simplesmente não achamos nenhuma boa o suficiente", foi a resposta de Rob Marshall, em entrevista à Folha na época do lançamento do filme, na última semana de novembro, em Nova York. "Al Jolson interpretou um negro no primeiro filme falado da história, 'O Cantor de Jazz'; isso diminuiu seu valor histórico?"

Nota: 10,0

Recomendação: Bem, EU recomendo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ja vi o filme e li o livro tbm
A adpatação é muito boa. Dane-se tinha chinesa fazendo papel de japonesa. Aos olhos ocidentais é tudo a msm coisa. kkkkkkkkkk